terça-feira, 25 de setembro de 2012

DINÂMICAS DE GRUPO



As dinâmicas são instrumentos, ferramentas que estão dentro de um processo de formação e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento.

Para que servem?

- Para responder a interrogações como: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem.
- Para desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo.
- Para retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la.
- Para incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos.

As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem libertador porque permitem:

1. Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão.
2. Ampliar o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu potencial e conhecimento.
3. Possibilita criação, formação, transformação e conhecimento, onde os participantes são sujeitos de sua elaboração e execução.

TIPOS DE TÉCNICAS/DINÂMICAS

TÉCNICA QUEBRA GELO

Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro. Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem. Resgata e trabalha as experiências de criança. São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

TÉCNICA DE APRESENTAÇÃO

Ajuda a apresentar-se uns aos outros, possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso. Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas.
Exige diálogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo. São as primeiras informações da minha pessoa. Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontração. O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.

TÉCNICA DE INTEGRAÇÃO

Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo, a partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo. Trabalhar a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo. Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação de grupo e como nos vemos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações. Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relação.

TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO E RELAXAMENTO

Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo. Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima de grupo é muito frio e impessoal. Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade.

TÉCNICA DE CAPACITAÇÃO

Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação de grupo. Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia. Amplia a capacidade de escutar e observar. Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho de grupo, de forma mais clara e livre com os grupos.

EXEMPLOS DE DINÂMICAS

DINÂMICAS RELATIVAS A CRIATIVIDADE:

DINÂMICA PARA VENDAS

1ª Parte - A Dinâmica

Material: Sulfite - Canetas - Lápis - Pincéis p/ quadro magnético

Preparação: - checar arrumação sala e materiais, - cortar as tiras com os 11 tipos psicológico e por num envelope para sorteio.

Instruções: Cada participante terá 20 min para que individualmente prepare uma apresentação de 5 min de si mesmo para o grupo, devendo ser criativo e original, como se ele próprio fosse um produto a ser vendido para os demais. No momento que for iniciar a sua apresentação pessoal, retirará um papel contendo um tipo psicológico, sem abri-lo. Durante a apresentação, o coordenador dará um sinal, indicando que deverá abrir o papel sorteado. Sem paradas e sem perder o ritmo, deverá abrir o papel sorteado com um tipo psicológico e continuar sua apresentação, imediatamente compondo o personagem - SEM QUALQUER PARADA OU INTERRUPÇÃO para finalizar os 5 min. Este papel, contendo o tipo psicológico não poderá ser mostrado ao restante do grupo, devendo ser, após sua leitura, guardado no bolso.

Ao término da apresentação, anotar no quadro o nome do candidato e o grupo todo indicará que tipo ele compôs, devendo ser anotado na frente do nome correspondente. Passar para outro candidato e assim sucessivamente. No final, ir revelando, de acordo com a ordem em que se apresentaram o tipo que cada um tentou compor e checar com a percepção do grupo que foi anotada no quadro.
Tempo médio: 2h

2ª Parte - A Escolha

Anotar no quadro o nome de todos os participantes em coluna, deixando espaço à frente do nome de cada um. Individualmente e em ordem alfabética, cada um deverá votar em dois participantes que escolheriam para ocupar o cargo em função da apresentação, levando em consideração: jogo de cintura, criatividade, desenvoltura, agilidade, segurança, etc. Os participantes devem limitar-se a dar os dois nomes e não emitir qualquer justificativa.

3ª Parte - Encerramento

Solicitar que cada um dê um feedback breve sobre a técnica, como se sentiram, etc. Agradecimentos e comprometimento em dar um retorno no dia seguinte.

CARTAZ

Objetivos: Favorecer a desinibição, aprofundar o conhecimento entre os membros do grupo e estimular a criatividade.
Material: Papel e lápis (podem ser lápis coloridos).
Processo: Distribuir papel e lápis para cada participante do grupo, que estará posicionado em círculo. Orientar que cada pessoa deverá fazer um desenho – qualquer desenho – que represente algo de si. Não importa que não se saiba desenhar; deve ser bastante espontâneo. Marcar um tempo de dez minutos para cada um confeccionar o seu cartaz. Uma vez concluídos os cartazes, casa pessoa deve sair do seu lugar, mostrar o cartaz, de forma visível, aos demais membros do grupo e proceder a sua apresentação, nome e explicação do desenho.

DINÂMICA RELATIVA A LIDERANÇA

DINÂMICA DE LIDERANÇA

Pedir aos participantes que saiam da sala (oferecer café ou criar artifício para que todos saiam da sala). Revirar a sala, jogando papéis no chão, espalhando revistas, cadernos cadeiras, etc. Assim que as pessoas voltarem para a sala e perguntarem o que aconteceu, dizer que é cego, surdo e mudo, e que eles devem fazer o que quiserem. A partir daí, o participante que tiver maior iniciativa e começar a arrumar a sala é aquele que lidera o grupo, e o que só fica olhando geralmente é o que espera as coisas acontecerem.

ABRIGO SUBTERRÂNEO

Imaginem que nossa cidade está sob ameaça de um bombardeio. Aproxima-se um homem e lhes solicita uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode acomodar 6 (seis) pessoas. Mas 12 (doze) pretendem entrar.
Abaixo há uma relação de 12 (doze) pessoas interessadas a entrar no abrigo. Faça sua escolha, destacando apenas 6 (seis) delas:

( ) Um violinista com 40 anos, narcótico viciado.
( ) Um advogado, com 25 anos, HIV +.
( ) A mulher do advogado, com 24 anos, que acaba de sair do manicômio. Ambos preferem ou ficar juntos no abrigo ou fora dele.
( ) Um sacerdote com 75 anos.
( ) Uma prostituta, com 34 anos.
( ) Um ateu com 20 anos, autor de vários assassinatos.
( ) Uma universitária que fez voto de castidade.
( ) Um físico, 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se puder levar consigo uma arma.
( ) Um declamador fanático, com 21 anos.
( ) Uma menina de 12 anos e baixo QI.
( ) Um homossexual, com 47 anos.
( ) Um excepcional, com 32 anos, que sofre de ataques epiléticos.

CONCLUSÃO: Fazer com que os participantes juntem-se em grupos e discutam quem seriam essas pessoas a entrar no abrigo subterrâneo. Deixá-los discutir durante 15 minutos e fazer anotações sobre quem está tomando as decisões, quem não está se impondo, quem tem maior autonomia sobre o grupo. Após terminado o tempo, perguntar a cada grupo quem entra e quem não entra no abrigo e o porque de suas escolhas.

DINÂMICA RELATIVA A COMUNICAÇÃO

REUNIÃO NÃO VERBAL

Objetivos: Incentivar o uso de outra forma de comunicação que não a verbal.

Processo: O animador inicia, explicando que os pensamentos e sentimentos devem ser expressos segundo um estilo. As descobertas científicas são escritas em linguagem técnica; a música é escrita e executada; outros sentimentos criativos são pintados, cantados, dançados, falados, representados. Seja de que modo for, a pessoa comunica sua experiência através do uso ou postura de seu corpo ou de alguma parte do mesmo. A seguir os participantes são avisados pelo animador de que não podem expressar-se com palavras escritas ou faladas. Os membros do grupo são orientados para que se amontoem na sala, procurando relacionar-se entre si durante quinze minutos, sem palavras. Decorrido o tempo, seguem-se os comentários acerca da experiência vivenciada, podendo cada qual expressar em palavras suas descobertas e os seus sentimentos.

DINÂMICA RELATIVA A TRABALHO EM EQUIPE

TRABALHO EM EQUIPE

Material necessário: diversas bexiguinhas ou balões vazios.

Os participantes devem estar em pé, dispostos em um círculo. Entregue para cada um deles uma bexiguinha ou balão vazio e peça para encherem, imaginando que, ao soprarem, estarão colocando dentro do balão um determinado problema (um atendimento a um cliente irritado, por exemplo). Todos devem encher a bexiga ou balão.
Depois de cheias e fechadas, peça para o grupo simplesmente atirar os balões para cima, em direção ao centro do círculo, mantendo-as todas no ar, sem deixá-las cair no chão. Permita a livre movimentação de todos, para que os balões não encostem no chão.
Deixe o grupo “aquecer” por um minuto ou dois e vá “retirando” os participantes um a um, ordenando que os restantes continuem a manter os balões voando.
Quando não for mais possível manter todos os balões voando, encerre a atividade e questione o grupo sobre:

- Como é trabalhar numa equipe onde todos participam e todos ajudam?
- E como fica quando os demais membros da nossa equipe, simplesmente resolvem não cooperar mais? Conseguiremos facilmente dar conta de nossos problemas?

BIG 5 - ENTENDA O QUE É E COMO UTILIZÁ-LO PARA AVALIAR SEUS CANDIDATOS

Fazer o recrutamento e a seleção de candidatos é uma tarefa desafiadora. Com tantas atividades, entrevistas,  avaliações  e feedbacks para ...